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Como reduzir riscos com hardening em servidores Linux

Você tem um servidor Linux rodando uma aplicação crítica. Ele está no ar, funcionando bem. Mas aí vem a pergunta incômoda: ele está seguro?

Muita gente confia no mito do "Linux é seguro por padrão", mas a real é que todo sistema operacional precisa ser ajustado, endurecido — ou seja, receber hardening — pra resistir a ataques. Vamos bater um papo sobre como funciona esse processo e o que você pode fazer agora pra reduzir riscos no seu ambiente.

O que é hardening, afinal?

Hardening é como preparar um castelo pra guerra. O sistema pode até ter uma boa estrutura, mas você precisa fechar portões, levantar muralhas e limitar o acesso de quem entra.

No mundo Linux, isso significa:

  • Reduzir a superfície de ataque
  • Restringir permissões e acessos
  • Configurar o sistema pra se comportar de forma segura
  • Monitorar e responder a mudanças suspeitas

Não é mágica, é ajuste fino. E quanto mais automatizado e padronizado, melhor. Vamos por partes, como diria o Jack (você sabe qual).

1. Remova o que você não usa

Menos é mais. Quanto menos pacotes, serviços e portas abertas, menor a superfície de ataque.

# Ver serviços em execução
sudo systemctl list-units --type=service

# Ver pacotes instalados que não são essenciais
dpkg --list | grep -vE 'essential|required'

Se você não precisa de um serviço, remova ou desative.

2. Atualizações em dia sempre

Muitos ataques exploram falhas já conhecidas. Então, manter o sistema atualizado é uma defesa básica, mas poderosa.

sudo apt update && sudo apt upgrade -y

Pro ambiente de produção, vale configurar atualizações automáticas (com critérios) ou usar uma ferramenta de gerenciamento centralizado.

3. Permissões e usuários sob controle

Nada de todo mundo com acesso root. Crie perfis separados, use sudo com critério e audite os acessos.

# Ver quem é sudoer
getent group sudo

# Limitar comandos específicos via sudoers
sudo visudo

E sempre que possível, use autenticação via chave SSH (nada de senha fraca por aí).

4. Proteja o SSH como se fosse a porta da frente

A maioria dos ataques automatizados começa tentando forçar acesso via SSH. Dicas práticas:

# Edite o arquivo de configuração
sudo nano /etc/ssh/sshd_config

# Reforce:
PermitRootLogin no
PasswordAuthentication no
Port 2222  # ou outro diferente do 22

Depois, reinicie o serviço:

sudo systemctl restart sshd

E monitore acessos com:

sudo journalctl -u ssh

5. Firewall e controle de tráfego

Linux já vem com o poderoso iptables ou nftables, mas você pode usar algo mais simples como o ufw.

# Ativando e configurando UFW
sudo ufw default deny incoming
sudo ufw default allow outgoing
sudo ufw allow 2222/tcp  # porta customizada do SSH
sudo ufw enable

6. Audite e monitore o sistema

Você precisa saber o que está acontecendo no servidor. Ferramentas úteis:

  • Auditd: monitora eventos sensíveis
  • Logwatch: envia resumos de logs por e-mail
  • Fail2ban: bloqueia IPs que tentam força bruta

Exemplo:

# Ver logs de autenticação
sudo cat /var/log/auth.log

7. Políticas de senha e bloqueio de conta

Senhas fracas são convite pra problemas. Reforce a política com pam_pwquality e limite tentativas de login.

sudo apt install libpam-pwquality
sudo nano /etc/pam.d/common-password

E combine com:

sudo apt install faillock

Vale a pena automatizar?

Sim. E muito. Usar ferramentas como Ansible, Chef ou scripts shell bem documentados garante que o hardening seja replicável, auditável e fácil de manter.

Quando sua empresa pratica hardening de forma consistente, ela mostra que tem um processo de segurança vivo, que entende riscos e age preventivamente. Isso ajuda não só na proteção técnica, mas também em auditorias, certificações (tipo ISO 27001) e na reputação da empresa.


Conclusão

Hardening em servidores Linux não é luxo — é o mínimo pra quem leva segurança a sério. E não precisa virar um ritual sagrado: com boas práticas, ferramentas simples e um pouco de método, dá pra proteger bem mais do que você imagina.

Aqui na Imara, a gente ajuda times a aplicar essas práticas com eficiência, mesmo em ambientes complexos ou com equipes enxutas. Queremos que segurança seja parte natural da operação, não um freio. E podemos monitorar suas estrutura para que os "bad guys" fiquem do lado de fora. Se quiser ver como está o nível de hardening dos seus servidores hoje, chama a gente. Podemos fazer esse diagnóstico juntos — sem drama, sem terrorismo técnico.

Monitoramento 24/7

A Imara oferece um Security Operations Center (SOC) completo, garantindo monitoramento contínuo, detecção proativa de ameaças e resposta rápida a incidentes de segurança. Com especialistas em cibersegurança e tecnologia de ponta, protegemos sua empresa contra ataques digitais, minimizando riscos e impactos operacionais.

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